quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Tolos

A ignorância conveniente é repudiável. Mas triste mesmo é o sábio que se acha sábio. E esta não é uma espécie rara, muito menos em extinção. Também não é nova. Há muito, muito tempo, Sócrates já identificara sujeitos que alimentam seus egos com a própria inteligência. Triste vaidade. Certamente, um bloqueio para o desfruto de pequenas, porém maravilhosas, peculiaridades que o mundo nos propõe. Peculiaridades que só podem ser desvendadas com uma honesta confissão: nada sabemos. Nem saberemos. Nem com muita força de vontade.

Não significa que não é impossível avançar intelectualmente. A vontade de aprender sempre nos leva a algum lugar, muito embora este possa não ser o mais adequado. O importante é tentar e, principalmente, universalizar a mente. A individualização resulta apenas em soberba interior. Esta, invariavelmente, amarga o sabor da arte. Assim, a mente passa a trabalhar unicamente a serviço do poder e da superioridade. As possibilidades diminuem. As cores se acinzentam. E os sons se esvaem.

Mas o indivíduo em questão, com toda sua pompa e garbo, continua sendo superior, altivo, seletivo. É, além de tudo, um falso educador. Chicoteia sua sabedoria naqueles que pouco ou menos sabem, como se o fato de serem menos instruídas constituísse um desvio moral. E pior: se acham no dever de desmoralizá-las, simplesmente por se enxergarem seres superiores. Um falso esclarecimento que leva nada a lugar algum.
O lacre mental, além de indicar desvio de caráter, veda o aprendizado e bloqueia a comunicação.

Enquanto isso, sabe-se que, em realidade, todos os indivíduos têm sempre algo a ensinar. Achar-se conhecedor de tudo é o mesmo que não querer conhecer nada. A História não muda. Foi assim há milhares de anos. Continua sendo. E, infelizmente, sempre será...

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Diogo Reis: "Besteirólogos do mundo, uni-vos!”

Após o sucesso da revolucionária teoria sobre “fila de banco”, publicada no post anterior, o besteirólogo Diogo Reis deu nova entrevista especial ao blog Chinelada no Marisco. Desta vez, o chefão das besteiras – como ficou conhecido no sul da Malásia - faz uma análise rápida e elegante da crise política no Senado Federal. E, como não poderia deixar de ser, cria polêmica ao declarar que não existe mais o conceito de “dinheiro público”. Com mais de 18 anos exercendo a besteirologia, Diogo ainda revela os bastidores de seu batente, lamenta o preconceito sofrido durante toda a carreira e, por fim, faz uma convocação utilizando o famoso slogan político de Marx e Engels: “- Besteirólogos do mundo, uni-vos!”.

Chinelada no Marisco – A teoria sobre a “fila de banco” repercutiu bastante. Qual seria o motivo?

Diogo Reis – Isso acontece com todo assunto polêmico. Aliás, essa é minha especialidade. Mas eu faço isso com a arte de falar besteiras, mas que não necessariamente inverdades. A besteira é necessária para o entendimento da vida e de suas peculiaridades, como a “fila do banco”. O olhar da besteira muda a dinâmica usual e se afasta do estrabismo do senso comum.

Chinelada no Marisco – E como a besteirologia se posiciona frente à crise política no Senado?

Diogo Reis – A questão é simples. Primeiramente, deveremos ter ciência de que o indivíduo político não é um ser comum. Por isso, não pode ser estudado com os mesmos parâmetros que se estudaria um ser humano qualquer. O político é dotado de “esquisitisses” e artimanhas que desafiam o poder da física psicológica, desenvolvida por mim mesmo. Para este ser, o ato de roubar é o mesmo que, para um homem comum, bolinar uma mulher ou, para estas, sentirem-se prontas para um brutal ato sexual. Roubar passa a ser orgásmico, porque o os hormômios sexuais dessas pessoas passam por mutações estranhas que os deixam com graves seqüelas. Tudo misso foi estudado por um colega meu, cujo nome esqueci, mas que é doutorando em Hogwarts.

Chinelada no Marisco – Então, se esses indivíduos fossem retirados do poder, significa que a corrupção terá fim?

Diogo Reis – Ouso dizer que isso é totalmente impossível. Como você pode observar durante toda a história, a política sempre foi fétida. Isso ocorre porque o político é uma raça que evoluiu incrivelmente. Cada geração que aparece consegue se adaptar melhor ao seu ambiente natural, o ambiente de trabalho do poder. A seleção natural é tão devastadora que só permanecem os mais canalhas, malandros, gananciosos e, o pior, inteligentes – mesmo que seja para o mal. Mudar essa estrutura histórica seria incrivelmente complicado.

Chinelada no Marisco – Isso significa que o dinheiro público continuará servindo para fins ilícitos?

Diogo Reis – Sim senhor. E PT saudações... Só que devemos fazer uma pergunta necessária: o que é dinheiro público? Todos nós pagamos impostos: eu, você e a mulher ali da esquina. Mas esse dinheiro não nos pertence. Jamais nos pertenceu. Desde que a desgraçada da Eva comeu a maçã proibida, o roubo e a desonestidade passaram a ser elementos intrínsecos à alma humana. Como punição, recebemos um ônus quando nascemos, que é justamente reservar uma quantia certa para a bandalha. Na verdade, esse estudo faz parte de uma nova teoria em que estou trabalhando: “Impostos e a Verdade Sobre o Lado B da Alma Humana, Segundo Estudos Estatísticos Com Base Na Teologia”.

Chinelada no Marisco – Como tem sido o exercício da profissão nos últimos anos? E qual a expectativa para os que se seguem?

Diogo Reis – Olhe, meu caro… Tem sido muito difícil, entende, muito difícil. Algumas pessoas de mente pouco aguçada e de espírito frágil simplesmente se negam a entender a arte pura e simples do besteirol. Pois bem, caro colega… Não ligo que não concordem com meus pensamentos, apesar de ter certeza que todos são refinados e apurados com toda a vontade de minh’alma. Mas não aceito que indivíduos me açoitem e me agridam simplesmente por isso. Isso me magoa, me magoa profundamente, mas não vou desistir. Estendo a bandeira da besteirologia até o último momento. E acredito que, no final, vamos mostrar que, afinal, servimos para alguma coisa, poxa. Besteirólogos do mundo, uni-vos!

domingo, 23 de agosto de 2009

"Fila do banco" divide opiniões

Uma expressão como "fila de banco" vem recentemente sendo usada para caracterizar um comportamento massivo. Do conhecido besteirólogo, Diogo Reis, a Teoria da Fila do Banco trabalha na vertente de pensamento que acredita que a procissão com o objetivo de atualizar documentos ou realizar transações financeiras bem específicas é um hábito rotineiro e de massa. Momento em que se encontram diversas pessoas semelhantes. Algo que se assemelha com algumas cenas de clipes como "Another Breaking The Wall" da banda rock progressivo Pink Floyd ou até "The Real Slim Shady" do rapper Eminem, esteticamente, apenas.

Numa fila de banco pessoas não são doutrinadas para pensar igualmente, por mais que os pensamentos, naquela hora, – ou pelo menos os objetivos – sejam comuns. Diogo Reis afirma que "uma pessoa pertence, socialmente, a uma fila de banco, então, quando ela passa a ser um indivíduo conjuntivo em determinado contexto". Mesmo tendo para si que que a normalidade é uma coisa altaente relativa tal como a relevância das coisas, a teoria pode ser uma importante ferramenta de identificação social, visto que pessoas buscam isso constantemente, enquanto atingem a real maturidade. Polêmico como sempre, o besteirólogo não teve uma unanimidade quanto à aceitação da teoria.

Abordada pela equipe de reportagem do Chinelada no Marisco, algumas pessoas corroboram com a não unanimidade da teoria:

– Ela é muito boa, realmente. Não a vejo com maus olhos porque ela apesar de rotular pessoas, ela não preconceitua nem deprecia ninguém – opiniou Thainá Leite, estudante, 17 anos, moradora do Rio de Janeiro.

– Eu achei interessante, mas é contestável. Numa fila de banco não se encontram apenas pessoas rotineiras. Sei que muitas pessoas ali podem surpreender – policicamentebabacou Elissa Oliveira, estudante de jornalismo, 18 anos, de Cabo Frio.

Por fim, quem fala sobre a divisão de opiniões é o próprio besteirólogo Diogo Reis:

– Uma teoria é apresentada como explicação de algum fenômeno. Todas são contestáveis e passíveis de serem superadas, algumas tendem a serem leis, já outras são derrubadas. Dividir opinião é bom, enriquece os assunstos, toda unanimidade é burra (Nelson Rodrigues). O importante é contribuir para o entendimento e, no meu caso, o conhecimento e interação social de maneira espontânea e extra-acadêmica é importantíssimo. Afinal, sobrevivemos de trabalho e estudo, mas a vida está nos prazeres que buscamos saciar ao decorrer dos dias.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Para não dizer que não falei das flores...

Para leitores virtuais pode não causar tanto impacto, mas, para mim, que trabalho num jornal diário e me deparo sempre com artigos, já perdi a conta de quantas vezes já vi os tais "articuladores", "colaboradores", "colunistas" – chamem como quiser – entitularem seus artigos dessa forma, parece que todos esquecem sempre de algo que creem ser importante ou pertinentes a serem publicadas, como um blogueiro. Privilégio de alguns que domam à força a prepotência intelectual ou que meramente querem palavras lidas como prece e repetidas com fervor, mas, enfim, respeito. Hoje quase todos somos blogueiros, orkuteiros, twitteiros, facebookeiros e qualquer eiro que vier por ái, então, mais uma vez, vemos nossa semelhança. Aonde quero chegar? Estigmas.

Meu caminho louco para chegar na essência de nossa falha que, talvez, seja a mais comum: estigmatizar. Atitude essa que pode gerar inúmeras reações, bônus e ônus. Alguns ficam presos aos piercings, às músicas, às grifes, aos lugares e às atitudes... Imbecilidade. Sempre podemos descrever as pessoas a nossa volta e vice-versa. Sorrisos, ironias, brincadeiras, desabafos, frases de efeito... quem você é?

Você eu não sei muito bem, nem tão pouco de mim, mas te digo e surpreendo, falando de amor e saudade. Vivemos todos os dias nostalgias do nosso ócio. Deitamo-nos em nossos colchões surrados para descansar a mente, quando temos vivas as saudades e vontades rimando no mesmo verso, controverso e cheio do mais do mesmo, um belo clichê de vida. Tão simples achar que teu semelhante é capaz apenas disso ou aquilo, quando ele é tão tudo e muito quando e quanto você é.

Estupidez, carinho, amor, sensação de ódio, cansaço, hiperatividade, saudade, vontade, desejo, bocejo, delicadeza, desvelo, destreza ou desjeito não são necessariamente sinônimos, antônimos ou oxímoros. Apenas são temperos salpicados da nossa vida chinelada, tão estigmatizada, esquecida e limitada. E, para dizer que não falei das flores, será que foi visto o quanto eu amo, amei e vou amar? Realmente, não sou bom em te dar flores, "elas secam e caem ao chão".

Adeus.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Chinelei-me


Antes de tudo, peço perdão. Foram quase dois meses sem vir aqui dar uma chinelada. Estive ausente. Distante. Cambaleando pelos cantos. Tendo idéias para cá me apresentar e destilar algum veneno. Mas me abstive por um momento. Preferi observar. Observar o mundo. Observar as pessoas. Observar as filosofias alheias. Observar o canto do passarinho, a tese de um amigo na mesa do bar e as tendências da juventude. E, por fim, me observar, claro. Não deve ser surpresa que todo este pensamento me levou a uma única e mórbida conclusão: sou um idiota.
É, sou sim. E saber isso é um grande alívio. Tudo é incompreensível: a mentira alheia que corrói, o roubo que mata, a falsidade que oprime e a hipocrisia que enriquece as almas pobres. Resta a um pensador vagabundo questionar: por quê? A dúvida é eterna e se eternaliza na idiotice de pessoas como eu, pobres idiotas. Por isso, a chinelada precisou esperar. Estava em meio a uma convulsão de saberes. O que era certo ou errado? O que leva alguém ali do lado a ser tão filho da rameira desvairada? Sou um caçador de perguntas sem respostas, uma mente desolada... O mapa não tem tesouro. O arquê não existe. As dúvidas sempre permanecerão sem respostas; os que buscam resolvê-las, idiotas. Sou idiota, sou sim. Com muito orgulho, porque não abaixo a cabeça para o meu próprio comodismo existencial. O inimigo está aqui dentro. Os fantasmas são internos. A escuridão sempre oferecerá perigo...
Tendo constatado isso e um pouco mais, volto a escrever aqui as minhas linhas desajeitadas. Já era hora, pois o amigo Shark já estava torrando a paciência com as cobranças de participação. Neste momento, ele já deve estar louco para dar uns socos no teclado – ele digita dando pancadas no pobre objeto – para continuar o ritual chinelatório. É isso aí, então. Voltei para ficar. Só não sei até quando. Brincadeirinha... Beijos e abraços. Ah, desenho ali de cima por Ralph Richter. Fui.

Rodrigo Cabral

sexta-feira, 3 de julho de 2009

C O M U N I C A D O

Venho aqui por meio deste comunicado publicar oficialmente que o senho Rodrigo Cabral, RG: xxx.xxx.xxx-xx (não vou contar, né, bobinho! e nem vou repetir a piada com o cpf!), está sendo multado por negligência às responsabilidades jornalísticas. Tendo em visto a não publicação do artigo semanal no jornal Folha dos Lagos e a extensa ausência no blog http://chinaladanomarisco.blogspot.com/ deverá honrar, pelo menos, o ônus de me bancar no Portinho Bohemio, hoje, a partir das 23h, que acontece à beira do Canal do Itajuru, em frente ao condomínio Casagrande. Lá vai rolar um arrastapé supimpa, muita cerveja, gente bonita (sim, não é frase clichê, última vez que eu fui tinha "váriar mulé!") e os amigos que estão offline no msn de vocês.

Torno assim oficial e dou fé


Diogo Luiz Mesquita dos Reis

Cabo Frio, 3 junho de 2009.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Michael Jackson

O mundo inteiro fala nele, ou melhor, na morte dele. No site de busca Google, existem, agora, cerca de 70mi de referências ao nome do king of pop. Assisto, agora, à edição especial na Globo, e penso: graças a Deus me enquadro no segmento que o Jornal da Globo (JG) e Programa do Jô aingem. Vi uma bela abordagem sobre a vida do astro. De maneira que foge aos padrões globais. Lembrando da morte do Brizola e da linha que o canal segue, surpreendo-me, mas quando penso na maior relevância quanto ao interesse da audiência e a facilidade de lidar com o assunto, não fez mais do que a obrigação. O que fica notável é a eficiência do imediatismo. Mas o público ou cultua demais ou se averte, dois segmentos complementares da irracionalidade humana. E depois botam a culpa nos meios e veículos de comunicação.

Por fim, fizeram um ótimo trabalho, mostrando pontos e contrapontos. Até – permitam-me o termpo – cagarem no pau desrespeitando Bob Marley com uma interpretação babilônica de uma das vidas mais respeitosas que eu já tomei conhecimento... Assim, com um ligeiro ar de decepção, eu me despeço...


Tchau!
Boa noite.

Culinária (Osmose sexual)

Hoje, uma inspiradora fêmea me fez vir aqui vos escrever. A relação entre o sal e a mulher. Todos sempre observam o comportamento e os estigmas alheios. Alguns como profissão, outros por instinto.

Relembrávamos bons tempos de 2007, quando ela veio, aqui, para revolucionar. Mostrou-me o que poderia ser uma mulher de verdade, e, por um oxímoro social, observamos que uma ente seria desprovida de cloreto de sódio, vulga sem sal, insossa. Tão sem sal, tadinha, que nem sabia o que isso significava.

Pois bem, anos se passaram, um trabalho bem realizado. A menina passou a ter cabelo grande, bem cuidado, usar roupas de gente e até unha feita, coisa que pareceria impossível. Mas, sem entrar muito no íntimo dela, vamos voltar e nos ater da comunicação, o que nos (me) interessa.

Cultuamos a beleza, de todas as formas. Muitas vezes não aceita e julgada, causa polêmica. Mas uma coisa é certa: todos nós vivemos em constante procura e atração, sempre ao que nos parece mais perto. Todos, mesmo os que não assumem, são atraídos por elementos subjetivos da aparência, primeiramente, e do comportamento. E é aí que entra o sal na história. Quantas vezes nos limitamos ao padrão imposto e esquecemos que, pra botar a boca, tem que ter tempero? Boa mesmo é aquela comidinha caseira, bem temperada. Muitas se arrumam, compram roupas caradas para impressionar até as concorrentes, horas em salão de beleza, mas há aquela que mesmo de pijama e despenteada te dá aquela sede e a vontade que só aquela carne com a dose certa de sal pode te dar. Então, essas são a de primeira qualidade. É engano brabo se você, mulher, acha que somente cabelo e unha feitos, roupas e maquiagem fazem todo serviço. Seria exigir pouco de vocês. A osmose sexual é mais simples, é involuntária, só precisa aproximar-se e tudo vai dar certo.

sábado, 13 de junho de 2009

Churrasco de cifrões


Cem litros de cerveja. Essa foi a síntese da felicidade no I Churrasco Milionário, realizado no condomínio da família Richter, neste Dia dos Namorados. A ocasião foi ideal para celebrar o amor. Mas, claro, criou oportunidades para quem estava solteiro finalmente encontrar o par ideal. O anfitrião Ralph Richter que o diga.
Aliás, o ponta pé inicial foi dado logo cedo, quando ele, Ralph, degustou a primeira Stella Artois. Não demorou muito, e os convidados chegaram. Todos ficaram boquiabertos com a patamaridade do evento. Primo de Ralph, Raphael Richter já previa o que iria acontecer naquele dia. Preparando-se espiritualmente para a bebedeira, disparou:
- Hoje ninguém me segura, irmão. Tá todo mundo chegando, meus amigos, a galera muito gente boa. Vou ficar mais doido que um Pikachu. Ash Katchum que me segure – disse.

Uma história de amor

Quase todos os 91 convidados já estavam presentes às 15h, inclusive os garotos sarados da banda Sttone e o dono de bar mais bonito de Cabo Frio, Márcio Drummond, menos conhecido como Paulista. E apenas cerveja não foi suficiente para matar a sede de álcool dessa galera: duas Absoluts e uma tequila José Cuervo também foram animalescamente devoradas.
Enquanto isso, Ralph foi devidamente flagrado pela equipe da Chinelada No Marisco fazendo pose de gostoso e estufando o peitoral. O alvo estava sendo avistado e a ação deveria ser rápida. E, quando viu que estava sendo observado, admitiu:
- , cara, para de me analisar. To ficando nervoso já. Adoro uma morena. Que draga! – exclamou.
Mas a missão foi concluída com êxito. Acabou que ele aproveitou o Dia dos Namorados para ficar casadinho com uma das convidadas. E, segundo fontes confiáveis que preferiram manter-se no anonimato, ainda houve pedido em namoro nessa história. Uma testemunha disse, ainda, que Ralph não conseguia esconder a felicidade e, depois de o pedido ter sido aceito, “ele teria ido para o quarto dar uns pulinhos de gazela, em comemoração.”

Não podia sair sem essa

Mesmo com toda a bebedeira e animação, algo ainda estava incompleto por volta das 21h. Diogo Reis, o Shark – esse mesmo que também aqui escreve -, não estava presente. Ao contrário dos amigos, estava trabalhando. Afinal, alguém tem que pagar as biritas, certo?
Mas, aproximadamente às 22h, ele chegou e não demorou muito para deixar sua marca registrada. Após receber mensagem de um affair, deu um pulo, arregalou os olhos e, sem pensar duas vezes, saiu correndo – literalmente – tentando ligar para a menina. Ele só não sabia que havia uma piscina no meio do caminho. Foi com tudo. Os convidados ficaram perplexos. Para fazer gracinha com a situação, saiu da água e ainda pulou de volta.
A brincadeira quase custou a vida de dois celulares.
- Na verdade, custou sim. O meu não está funcionando direito – reclamou Giulia Andrade, que emprestou um dos aparelhos.
Totalmente encharcado, Shark pediu carona até sua casa, porque, como ele mesmo disse numa voz bêbada e trêmula de frio, “não quero pegar pneumonia, por favor”.
- Eu sei que você vai botar isso no Chinelada no Marisco, seu safado. Mas é isso mesmo. Não to nem ligando – repetia ele durante o trajeto.
*Não foi possível acompanhar o final do I Churrasco Milionário. A equipe deste blog não teve calibre etílico suficiente para fazer a cobertura até o final. Este redator preferiu poupar o fígado a escrever algumas linhas a mais. Na próxima edição do Churrasco, esperamos estar mais bem preparados para que a informação possa chegar ainda mais suja e ridícula ao leitor.
- Boa noite.

domingo, 7 de junho de 2009

Pegação Viva

Amigos, cervejas, descontração e discrição não pareciam ser suficientes para deixar de exacerbar os intentos. Ontem pude avaliar, com perícia, em uma mesa redonda – que era quadrada –, um exemplo clássico de flerte. Momento sublime e banal. Foi exatamente a prática do que escrevi ontem, muita coincidência. Segue o laudo técnico:

Primeiro momento: o encontro. Presa e predador se encontram, num habitat razoável. A troca de olhares já denota o interesse, um abraço que projeta a pélvis e o beijinho na trave. Atos fálicos suaves e um leve distanciamento, para deixar as coisas ficarem e não sufocar, deixar que a presa fique ao alcance por livre e expontânea vontade. Merece um 10, desempenho clássico.

Segundo momento: a conversa. Numa sutil abordagem, acontece a comunicação direta e interessada. Traz-se o foco todo pra ti e é quando começa o serviço, de fato. Inúmeras táticas de persuasão. Cada um usa o que tem. A presa quer ser fisgada e procura motivos pra isso. Então, cria-se um vínculo de admiração, o predador, ali, quer mostrar sua importância, ou seja, ninguém melhor que ele para aquisitá-la. Assim como a propaganda da cerveja redonda, não foi ridículo, ele estava apenas paquerando. Pela forçação de barra e artifícios pouco cativante e muito ostentadores, a nota caiu para 8,5.

Terceiro momento: processo de finalização. Agora que acontece o mais interessante – ou, pelo menos, deveria acontecer. É a hora que o se tira todas as cartas da manda, todas as formas de comunicação são válidas e usadas. A verbal ganha mais malícia, fonemas malemolentes, persuasivos e expressivos – nesse momento, então, que surgiu a mesa de debates. Notamos gafes, acertos e muitas palas. O momento era crucial, a torcida já tava organizada, a área tinha espaço para avançar, mas o telefone aparece como um beque, surpreendendo o ataque. Mas, astutamente, ele fora interceptado, o que ajudou em algo. O jogo avançava, ganhava um viés mais ofensivo. Eis que surgo o terceiro obstáculo: a perna. A comunicação subliminar e fluente foi interrompida pela por uma perna. É, tinha uma perna no meio do caminho. Mais difícil de ultrapassar que o K-2. Mas não demorou e mais um erro fora corrigido. Sugeri que ela fosse abraçada pela imposição da presença: dito e feito. Em segundos o ataque estava perfeito, sem ninguém na linha de impedimento. Nada de pernas, celulares e nem amigos por perto. Era o momento perfeito. Até a tática, que nasce na pré-adolescência, de se espreguiçar e passar a mão ao ombro foi usada. Na mesa redonda, muitas apostas, previsões e comentários. Todos atendidos pelo tempo, inclusive, o zero a zero. No fim, a torcida invadiu o certame, ovacionou, mas mostrou insatisfação. Podemos dizer que, assim como o vasco, saiu do empate com dignidade, e cabeça ergida. Foi prometido gol para a próxima partida. Parece que a má forma está assombrando todos os fenônimos por aí, então, fica aqui um 7. Para não desmotivá-lo e estamos à espera de um golaço.

sábado, 6 de junho de 2009

Apressadinho!


Depois de uma abordagem tão sexualmente subjetiva do caráter humano, só posso concluir que meu amigo e novo companheiro de blog, Diogo Reis, mais conhecido como Shark, tem ejaculação precoce. O combinado era que inicialmente os dois escrevessem falando um sobre o outro, mas, talvez num ato de extrema empolgação com o novo projeto, o cara saiu postando sem nem pedir licença. Tudo bem, tudo bem! Sinal que ele pegou o espírito da coisa. Chinelada No Marisco significa liberdade total. Não temos regras. Muito menos compromisso com alguma coisa – e isso inclui você, leitor. Só queremos botar algumas asneiras pra fora, no melhor estilo do brainstorm escatológico. É bom lembrar que também não somos magos da língua portuguesa. Portanto, é bom não esperar que daqui saia alguma obra prima. Muito pelo contrário. Como diria Luis Fernando Veríssimo, “a gramática precisa apanhar todos os dias para saber quem é que manda”. Traduzindo: vamos dar muita chinelada na coitada. Porque aqui quem manda é a gente. Oh yeah!
Ta bom, me exaltei... Desculpe. Agora vamos ao que interessa.


Shark - o perfil

Esse camarada aí é meio difícil de lidar, e ele sabe disso. Não pensa duas vezes e fala tudo na cara, sem rodeios. E é por isso que eu gosto desse cara. Mesmo que sua personalidade possa criar pequenos conflitos de vez em quando – nossa, que frase de horóscopo -, isso deixa transparecer o caráter honesto dele. Shark definitivamente não é um ser comum. Todos os amigos ele conquista da forma que realmente é: grosso (no bom sentido, claro). Agora, quando o assunto é conquistar o sexo feminino, ele se amansa e torna-se um guardião da paz e dos segredos budistas da vida. E, quando finalmente consegue colocar a mão no joelho da vítima... É, nessa altura ela de fato virou uma vítima.
Sem mais blá blá blá, o negócio é que Shark tem o perfil certo para compartilhar este blog. Chinelar o marisco não é apenas um hobby, mas, sim, uma arte. E é com essa frase tosca que eu dou adeus. Afinal, tenho que sair pra tomar umas brejas. Beijos, abraços e boa noite!

Tá todo mundo "tranzando" errado

Volto a bater nos meus clichês: sexo. Em minha breve caminhada, observo os seres a que divido oxigênio. Vejo a banalização da busca incessante de satisfação aos sentidos. Mas nada anormal, como diria Victor e Leo. Todo mundo passa o dia todo pensando nisso, mesmo que já tenha passado da paudurescência. Outro dia, um amigo fez a frase "não que eu não coma" para dizer que não tinha nada contra uma mulher, incrível isso.

O hedonismo no máximo da banalidade da humanidade. Acho emocionante nos observar como verdadeiros animais transgredindo as escrotices de acordos ou sanções sociais para viver. Se portando como os motivos de Ibope dos canais Discovery, em especial, os que tratam a vida animal. Por que não pode ser assim? Competição natural e nutri-tri-tri-saudável, assim como sanduíche-iche. Comam-se.

O ser humano nem sempre é feliz ao agregar valores. O que é a comunicação mais eficiente no one to one é manipulado como ourtos meios de comunicação. O homem inventa, mas não aguenta. Todo mundo deixando de foder, pra se foder. Queixas banais e nem um fio é movido para sair da toca e ir à caça, sem medo.

Essa é a declaração em questão: "eu canso, mas transo". Espero que vejam o erro e concertem.
Tenham o espírito, isso que eu lhes peço. O novo acordo ortográfico pode ser um começo, mas ainda falta muito pra verdadeira revolução.

Sem mais conotações abstras, surrealistas e subjetivas, finalizo dizendo que tudo começou com uma discussão de fonemas...

Por isso, que, agora, eu digo: Tá todo mundo tranzando errado!

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Rodrigo Cabral

Não, esse não é quem vos fala, mas é quem vos ecreverás. Começaremos, aqui, explicando o prósito – além do óbvio: escrever. E, aproveitnado a situação, explanar sobre o meu companheiro, de blog, é claro, não tenho mais oportunidade de dormir junto com ele.

Estudante de jornalismo, na PUC-Rio, primeiro período. Tem um ano de experiência dentro da redação mais frenética da Região dos Lagos. É filho de um ratossauro do jornalismo. Um cara doido, desvairado, subversivo e que conhece um mundo inteiro, dentro do ofício, e ainda assim é um merda (palavras dele, não me culpem, por favor). Então, esse menino é uma draga que trabalha em silêncio. Nunca vi alguém falar tanto sem dizer nada e escrever tanto, no susto. É uma honra ter a amizade e, agora, esse despretencioso projeto, esse rabisco virtual.

Liberdade total, esse é o lema e falar merda à vontade não tem problema. Não, isso não é um slogan e a rima saiu naturalmente.

Estou convicto de todos irão gostar porque, no fundo, bem no fundo, todo mundo gosta de uma chinelada no marisco! E, modestia à parte, poucos entendem mais do assunto que a gente.

Se não forem todos, que seja meia dúzia de doido. Se não for meia dúzia. Se não for, espero que o Rodrigo goste. Se ele não gostar, eu apelo pro Ragatanga!

Josbei, pessoal.

Até mais!